Projetos

A Crise de 2008 e as Ciências Sociais: dilemas e oportunidades no capitalismo contemporâneo


Após a derrocada do socialismo real, o capitalismo assumiu uma missão civilizatória cada vez mais ampla. Sobretudo a partir da década de 1980, a economia mundial passa a identificar-se com os cânones da doutrina neoliberal, o que findou por produzir um cenário econômico cada vez mais favorável à desregulamentação econômica, representando uma verdadeira ruptura entre a economia virtual e a real. Apesar das crises ocorridas nos anos 1990, de uma maneira geral predominava entre os financistas algum otimismo com relação ao futuro desse sistema de acumulação. Em 2008, porém, uma crise de maior amplitude no mercado imobiliário estadunidense precipitou uma recessão em nível global, atingindo a economia de vários países, gerando rebeliões, desemprego e novos movimentos sociais de contestação do capitalismo. Tais eventos fomentaram várias reflexões no âmbito do pensamento social contemporâneo, partindo de teóricos de diversas áreas das ciências sociais. O objetivo geral deste projeto é estudar a Crise de 2008, a partir de cientistas sociais que expressaram suas análises sobre este fenômeno por intermédio de obras recentemente publicadas em língua portuguesa. O presente grupo de iniciação científica utilizará a pesquisa bibliográfica de cunho teórico como método de pesquisa, utilizando dados coletados em livros de referência e artigos científicos publicados no Portal de Periódicos Capes e/ou Scielo, como também indicadores econômicos e sociais a serem obtidos em órgãos governamentais.

 

Coordenação: Prof. Dr. Leonardo de Araújo e Mota

Análise teórica e mapeamento das experiências de desenvolvimento regional/local em regiões periféricas


O presente projeto insere-se no contexto dos estudos que tentam oferecer, de um lado, uma leitura crítica das diferentes propostas de desenvolvimento regional/local, agendadas, particularmente na América Latina, e de outro, caminhos teóricos e metodológicos que possam orientar uma ação transformadora. A intenção deste projeto, que se articula em torno das propostas sinalizadas pelo Edital PROCAD/NF 2009, é:  a) passar em revista a produção acadêmica considerada clássica e também a mais recente, visando retomar os conceitos de desenvolvimento regional e desenvolvimento local, e problematizar sua força explicativa; b) mapear, em diferentes dimensões, experiências e ações consideradas de desenvolvimento regional/local, seus impactos, suas forças orientadoras, suas implicações políticas.

Projeto PROCAD

Coordenação: Prof. Dr. Cidoval Morais de Sousa

Análise da Sustentabilidade de Propriedades Agrícolas a partir dos métodos IDEA e MESMIS


O Semi-Árido brasileiro concentra os piores indicadores sociais do país educação, saúde, mortalidade infantil, analfabetismo, situação que convive com um ambiente sócio-econômico e político marcado pela concentração de poder e renda, sobretudo na zona rural. Outro problema enfrentado pela população do semi-árido brasileiro é que mesmo contendo uma grande quantidade de água no subsolo, esta água contém alta concentração de sais, o que a torna imprópria para consumo. A ingestão excessiva dos sais presentes na água causa doenças e até a morte de pessoas e animais. Além da água imprópria para o consumo, o semi-árido é uma região de seca em decorrência da falta de chuva. As atividades predatórias no semi-árido nordestino provocam ainda a degradação e empobrecimento da natureza. O Projeto Água fonte de Alimento e Renda foi implantado na comunidade de Uruçu, localizada no município de São João do Cariri (Paraíba), onde vivem 80 famílias. Uma das tecnologias sociais utilizada foi o dessalinizador tecnologia esta que separa o alto grau de salinidade da água, transformando-a em água potável, para o aproveitamento do rejeito do dessalinizador foi desenvolvido uma tecnologia em tanques para o cultivo de microalga chamada Spirulina. Atualmente, o Brasil compra de outros países esta microalga que é muito utilizada para produção de fármacos. Outra solução foi a criação de tilápias, além de culturas hidropônicas, como o tomate, pimentão e pimenta. É importante destacar que tecnologias devem contribuir para a ssustentabilidade da agricultura familiar. Dentro desta temática sobre sustentabilidade a agricultura com base agroecológica e familiar possui um destaque especial na busca de uma agricultura sustentável. Neste sentido questiona-se. A produção agrícola oriunda do projeto água fonte de alimento e renda é sustentável? Este estudo tem o objetivo de avaliar o nível de sustentabilidade da agricultura familiar na comunidade de Uruçu no semi-árido.

 

Coordenação: Profa. Dra. Waleska Silveira Lira

Água e Cisternas no Semiárido: qualidade, tensões e adequações sociotécnicas


A presente proposta ganhou organicidade no interior de dois programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade Estadual da Paraíba (Desenvolvimento Regional e Ciência e Tecnologia Ambiental), a partir de ações convergentes e parcerias envolvendo os autores coordenadores em cursos, disciplinas, bancas, orientações e co-orientações de estudantes de graduação e pós-graduação sobre a questão da água no Semiárido em perspectivas multi e interdisciplinar. Destaca-se como fatores agregadores uma leitura crítica das políticas públicas de enfrentamento da escassez hídrica na região, uma compreensão da água como bem comum não privatizável, imprescindível à vida e ao desenvolvimento humano, e a defesa intransigente de um modelo de transferência tecnológica dialógico, participativo, que propicie apropriação social, e, em consequência condições de cidadania. Busca-se, com este p´rojeto, investigar os impactos das políticas públicas de enfrentamento da escassez hídrica no Semiárido, destacando-se, dentre elas, o Programa Um Milhão de Cisternas.

 

Coordenação: Profa.  Dra. Ramonildes Alves Gomes, Beatriz Ceballos, Cidoval Morais de Sousa

As Feiras Agroecológicas no Nordeste: Espaço de Ação Política e Práticas de Consumo Sustentável Rumo ao Desenvolvimento Sustentável dos Territórios


No cenário dos debates e reflexões sobre a problemática ambiental hodierna, o consumo configura-se como uma perspectiva analítica contextual com novos contornos e variáveis; notadamente pela importância que a temática vem apresentando no mainstream do ambientalismo internacional. Essa centralidade é resultante da percepção dos impactos causados ao meio ambiente pelos padrões e níveis de consumo. Portanto, torna-se evidente no arranjo das discussões sobre os imperativos do desenvolvimento sustentável como vetor para compreensão do movimento da sociedade e construção de estratégias no futuro a inclusão da temática consumo. Neste contexto a agroecologia surge como uma prática social de conhecimento que busca estabelece um diálogo com a realidade, ao propor um modelo de produção em que a natureza direcione os caminhos do equilíbrio e da harmonia ambiental, a partir de um modelo de agricultura de base ecológica ou sustentáveis com ações que contribuem para práticas de consumo sustentável, com processos co-evolutivos rumo à sustentabilidade em territórios rurais. Assim, a pesquisa tem como objetivo analisar como as Feiras Agroecológicas têm instigado o consumidor a desenvolver práticas de consumo sustentável como uma nova cultura de ação política na esfera individual a partir de valores com a ética e a responsabilidade contribuindo para o desenvolvimento sustentável dos territórios. A pesquisa tem como escopo espacial as experiências de certificação participativa desenvolvidas por agricultores familiares nas Feiras Agroecológicas do Agreste da Borborema -PB, que surgem em meio a uma articulação, envolvendo pequenos produtores rurais, entidades sindicais em parcerias com movimentos sociais rurais e entidades governamentais e não-governamentais, constituindo um locus social específico para práticas de consumo sustentável enquanto ação política.

 

Coordenação: Profa. Dra. Ângela Maria Cavalcanti Ramalho

Cultura e desenvolvimento local dos potenciais destinos turísticos no Nordeste


A cultura local forma parte de um processo de transformação, gerada pelo fenômeno da glocalização. Os distintos agentes locais reconstroem a sua cultura como reação a este processo. Para alguns desses agentes, a cultura pode ser uma forma de revalorização e identificação cultural. Entretanto, ela também pode ser entendida como um elemento ativo na promoção e desenvolvimento local e turístico. A finalidade desta pesquisa é conhecer o processo de criação, gestão e difusão da cultura, vinculado ao desenvolvimento local e turístico no Nordeste. O levantamento dos dados será realizado com entrevista semi-estruturada e grupo focal e analisado mediante a técnica de Análise do Discurso.

 

Coordenação: Prof. Dr. Júlio César Cabrera Medina

As Feiras Agroecológicas no Nordeste: Espaço de Ação Política e Práticas de Consumo Sustentável Rumo ao Desenvolvimento Sustentável dos Territórios


No cenário dos debates e reflexões sobre a problemática ambiental hodierna, o consumo configura-se como uma perspectiva analítica contextual com novos contornos e variáveis; notadamente pela importância que a temática vem apresentando no mainstream do ambientalismo internacional. Essa centralidade é resultante da percepção dos impactos causados ao meio ambiente pelos padrões e níveis de consumo. Portanto, torna-se evidente no arranjo das discussões sobre os imperativos do desenvolvimento sustentável como vetor para compreensão do movimento da sociedade e construção de estratégias no futuro a inclusão da temática consumo. Neste contexto a agroecologia surge como uma prática social de conhecimento que busca estabelece um diálogo com a realidade, ao propor um modelo de produção em que a natureza direcione os caminhos do equilíbrio e da harmonia ambiental, a partir de um modelo de agricultura de base ecológica ou sustentáveis com ações que contribuem para práticas de consumo sustentável, com processos co-evolutivos rumo à sustentabilidade em territórios rurais. Assim, a pesquisa tem como objetivo analisar como as Feiras Agroecológicas têm instigado o consumidor a desenvolver práticas de consumo sustentável como uma nova cultura de ação política na esfera individual a partir de valores com a ética e a responsabilidade contribuindo para o desenvolvimento sustentável dos territórios. A pesquisa tem como escopo espacial as experiências de certificação participativa desenvolvidas por agricultores familiares nas Feiras Agroecológicas do Agreste da Borborema -PB, que surgem em meio a uma articulação, envolvendo pequenos produtores rurais, entidades sindicais em parcerias com movimentos sociais rurais e entidades governamentais e não-governamentais, constituindo um locus social específico para práticas de consumo sustentável enquanto ação política.

 

Coordenação: Profa. Dra. Ângela Maria Cavalcanti Ramalho

Cultura e desenvolvimento local dos potenciais destinos turísticos no Nordeste


A cultura local forma parte de um processo de transformação, gerada pelo fenômeno da glocalização. Os distintos agentes locais reconstroem a sua cultura como reação a este processo. Para alguns desses agentes, a cultura pode ser uma forma de revalorização e identificação cultural. Entretanto, ela também pode ser entendida como um elemento ativo na promoção e desenvolvimento local e turístico. A finalidade desta pesquisa é conhecer o processo de criação, gestão e difusão da cultura, vinculado ao desenvolvimento local e turístico no Nordeste. O levantamento dos dados será realizado com entrevista semi-estruturada e grupo focal e analisado mediante a técnica de Análise do Discurso.

 

Coordenação: Prof. Dr. Júlio César Cabrera Medina

Engenhos e suas imagens: produção de cachaça, turismo e Desenvolvimento Regional na Paraíba


O setor produtivo da cachaça de alambique do Estado da Paraíba iniciou, a partir dos anos de 1990, um processo de reestruturação produtiva e de ressignificação simbólica, o que significa transformações tanto no campo industrial, quanto no trabalho sobre a impressão simbólica das marcas e de suas impressões na sociedade. Mesmo produzida desde as primeiras décadas da colonização, a cachaça sempre foi reconhecidamente bebida associada às camadas populares e de baixo valor. Porém, em certos Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, houve grande investimento no sentido contrário, quer dizer, na construção de grandes marcas e de um produto de alta qualidade. Neste sentido, a Paraíba, nos últimos vintes anos, vem associando o tradicional ao moderno na produção de cachaça de alambique. Os engenhos, na produção de aguardente, criam cultura, mais ainda, espaço de identidade: a cachaça da Paraíba, de degustadores distintos, em muito, do típico cachaceiro, associado à imagem de fracasso e alcoolismo; de senhor de engenho empreendedor e aberto a mudanças que não deixam o passado escravocrata lhes definir a tez, que demarcam através de novos atores sociais, um novo ciclo da cana-de-açúcar no Estado. Essa onda modernizante é um bloco das ilusões da cachaça, que atrai foliões com as fantasias apolíneas da moderação, controle e refinamento em garrafas bonitas e pequenas, a reterem o líquido dionisíaco. A partir de seleção de engenhos para estudo de caso será elaborada investigação etnográfica, à percepção cotidiano, ao registro fotográfico das ações que os dinamizam. Este projeto pretende ampliar o campo de estudos sobre os engenhos da Paraíba com a introdução de novos pesquisadores.

 

Coordenação: Prof. Dr. José Luciano Albino Barbosa