A Arquivologia na contemporaneidade aponta para profundas alterações em seu marco teórico e metodológico, assim como para revisão de seus pilares epistemológicos. Em diversas realidades histórico-sociais, constatam-se alterações, especialmente, no cenário digital, nos processos, objetos, atores, interfaces e dinâmicas de gestão de documentos, informações e de arquivos para uma governança arquivística democrática, cada vez mais, transparente e cooperativa. O fazer arquivístico exige novos patamares de produção e conhecimento técnico, tecnológico e científico capazes de contemplar demandas de inovação e gestão de serviços e instituições arquivísticas. O diálogo da Arquivologia com outros campos de conhecimento, em uma postura interdisciplinar, favorece o desenvolvimento tecnológico, científico e inovador da teoria e da prática profissional arquivística mediante estudos do saber e fazer arquivístico ligado às funções administrativas das instituições públicas e privadas ou à gestão de instituições memoriais, responsáveis por preservação do patrimônio documental da sociedade. Reconhecendo o percurso da Arquivologia, busca-se compreendê-la no cenário atual e se vislumbra a inovação científica e tecnológica a partir de demandas e entornos sociais. O estabelecimento das fronteiras e das múltiplas direções de investigar o campo arquivístico é necessário para compreender o porvir de novas formas de produção e uso da informação arquivística para uma gestão eficaz e eficiente e uma governança em rede e de forma colaborativa.