UEPB

O Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba convida a comunidade acadêmica para as palestras do Prof. Dr. Jorge Eduardo Douglas Price:

“Pensamento latino americano e Introdução à Ciência Política:  El origem del termino republicano em Argentina”, dia 25/03, às 10h30,

“Vigilar y castigar en el siglo XXI: la criminalización de la migración, como parte de la guerra civil mundial”, dia 26/03, às 10h30.

Resumo

Vigiar e punir no século 21: a criminalização da migração, como parte da guerra civil global.
Abstract
Na apresentação se propõe analisar, a partir da concepção da teoria da sociedade de Niklas Luhmann e Raffaele De Giorgi, o fenômeno do tratamento das migrações em nível global, como parte do que Hanna Arendt e Carl Schmitt, sob diferentes perspectivas, denominaram de “guerra civil mundial”. Como propõe a autora supracitada, nota-se que essa guerra evidenciou a relação entre direitos e cidadania, e, acrescentamos, que nas fronteiras, especialmente dos países desenvolvidos, são implantadas uma série de ações de agentes estatais, paraestatais e privados, que chamamos de “parapenal”, porque eles importam um aumento da punitividade penal contra a migração, uma tanato política, em el dizer de Roberto Esposito, o que deu origem na literatura norte-americana (Stumpf; De Gênova) ao neologismo crimmigration ou crimmigration, destacando a progressiva fusão do direito penal com o direito migratório.

Republicanismo na Argentina: origem de um conceito
Abstract
A apresentação é baseada nas ideias de Koselleck sobre as variações históricas dos conceitos, e na teoria da sociedade de Niklas Luhmann e Raffaele De Giorgi; a partir daí, procura reconhecer as ideias centrais em torno das quais gira o termo republicanismo e a evolução que elas podem ter tido durante o que o autor chama de “construção” da Argentina como Nação. A análise vai de 1810, ano da “Revolução de Maio”, o primeiro evento da independência, até 1890, ano em que se pode considerar concluído o processo de criação daquele Estado (sem excluir algumas referências relevantes do início do século XX). A distinção proposta por Benjamin Constant, entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos, é tensionada e ressignificada pela análise da história argentina do século XIX.

Local: auditório do Câmpus V/CCBSA

Cidade: João Pessoa – PB

Formulário de inscrição: https://forms.gle/cQ8vcMu1EN7LydwM6

O Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba convida para a palestra “Saída Pressionada”, ministrada pelo Prof. Dr. Jayesh Rathod, da American University (AU), localizada em Washington, D.C.

Na palestra, o Prof. Jayesh Rathod propõe a discussão de uma categoria migratória que recebe pouca atenção: os cidadãos dos Estados Unidos que são obrigados a partir permanentemente do seu pais devido a condições de vulnerabilidade. Evitando o uso do termo genérico “expatriado”, o Professor Rathod argumentará que estes cidadãos dos EUA são descritos com mais precisão como “migrantes pressionados” que saem devido a maus-tratos com base na sua identidade, lacunas na rede de segurança social ou preocupações com a deterioração de condições socias e políticas nos Estados Unidos. Ao concentrar-se nestes migrantes, o Professor Rathod espera teorizar e fornecer um léxico para um subtipo de mobilidade humana que se situa entre a migração involuntária e a voluntária.

O Prof. Jayesh dirige a Clinica de Justiça do Imigrante, no Washington College of Law da AU, onde também ensina. Já esteve na UEPB em 2016, como Fulbright Scholar, quando ensinou cursos de Direito Migratório e Política Migratória Comparada. Tem artigos publicados em periódicos como Columbia Law Review, Yale Law Journal Forum e U.C. Irvine Law Review. Por ser fluente em Espanhol e Proficiente em Portugues, sua palestra não precisa de tradução.

Local: auditório do câmpus V

Cidade: João Pessoa – PB

Data: 12/03

horário: 14h

Inscrição até 11/03

Formulário de inscrição: https://forms.gle/td1fE4nCbMmvGAwQ6

Observação: serão emitidos certificados de 02 horas aula.

Divulgação de PALESTRA ONLINE sobre Conflito entre Israel e Palestina – CEPRIR

O Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais divulga palestra online “Entendendo o Conflito entre Israel e Palestina”, no canal do CEPRIR no YouTube, dia 14.10, às 15h.

Breve resumo:

“No último sábado, o grupo Hamas realizou um ataque multifrontal sem precedentes contra Israel, disparando milhares de foguetes enquanto dezenas de combatentes do Hamas se infiltravam na fronteira fortemente fortificada em vários locais e apanhando o país desprevenido num feriado importante.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel estava “em guerra” e apelou a uma mobilização em massa das reservas do exército. A contraofensiva israelense está em plena atividade, contando com alta capacidade tecnológica e militar.

O conflito israelo-palestino é um dos mais antigos e controversos do mundo. No fundo, é um conflito entre dois movimentos de autodeterminação – o projeto sionista judeu e o projeto nacionalista palestino – que reivindicam o mesmo território. Mas é muito mais complicado do que isso, com aparentemente todos os fatos e detalhes históricos, pequenos e grandes, litigados pelas duas partes e pelos seus defensores.

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Mas como chegamos aqui e o que é preciso saber sobre este conflito? Qual é o verdadeiro papel jogado pela religião?

O CEPRIR convida todos para a live “Entendendo o Conflito entre Israel e Palestina: Religião, Território e Violência”, com Fernanda de Melo (USP/CEPRIR) e Felipe Vidal (UERJ/CEPRIR).

O evento ocorre no próximo sábado (14.10), às 15h, ao vivo no canal do CEPRIR no YouTube. Não perca!”

A indagação inicial, e de caráter existencial, é assim proposta: como um país com o Brasil, em conjunto com países latino-americanos, africanos e outros do Sul Global podem estabelecer parâmetros minimamente democráticos para configurarem suas formas de emprego de meios de força no campo da Segurança Internacional e da Defesa? Com qual finalidade? Com qual grau de autonomia? O campo de estudos sobre a Segurança Internacional diz respeito a uma ética da morte. Tal ética define quem morre, quem vive, como vive, como morre. E, mais ainda, trata de quem toma estas decisões. O argumento central é que as matrizes decisórias sobre a ética da morte estão localizadas em outros lugares, impostas de variadas formas, tornando-nos excessivamente dependentes dos interesses, valores, formas de concepção de mundo que não apenas nos são estranhas, como nos sequestram possibilidade de sermos sujeitos em sua plenitude. Sendo esta conclusão dura, dolorida, não quer significar a sucumbência, mas antes de tudo a busca por uma transformação radical de nossa condição de existência. Das matrizes, escolas, escolhas da Segurança Internacional decorrem políticas, decorrem práticas. Dentre as práticas impostas está a restrição do futuro, a extração do pensar e do sentir alternativos, em que as formas de violência e o uso da força devem ser enquadrar em modelos do Norte Global. A proposição de um único futuro, ou de poucos futuros, é uma prática securitária extremamente violenta. É uma prática de desfuturização. Para definirmos as ações que apontam para o futuro com base em nossa historicidade, com base em outras formas de viver, é preciso decolonizar a Segurança!

O professor Samuel Soares possui Pós-doutorado em Relações Internacionais pela Georgetown University, Washington, EUA e no Instituto Gutierrez Mellado, Madrid, Espanha. Doutorado e mestrado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela mesma universidade. Professor Associado (Livre-Docente) da Universidade Estadual Paulista – UNESP -, professor do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP,UNICAMP, PUC-SP) do qual foi coordenador (2013-2021) e do curso de Relações Internacionais da mesma instituição. Pesquisador do Grupo de Estudos em Defesa e Segurança Internacional (GEDES/UNESP). Coordenador do Grupo de Elaboração de Cenários e Estudos de Futuro da UNESP.

Foi presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) no biênio 2010-2012. Membro da diretoria da Associação Brasileira de Relações Internacionais – ABRI – (2021-2022).

Coordenador Adjunto Acadêmico da Área de Ciência Política e Relações Internacionais da CAPES (2022-2026). Atua na área de Relações Internacionais, com ênfase em Defesa e Segurança Internacional, Integração Internacional, Conflito, Guerra e Paz. Coordenador da Rede Development, International Politics and Peace (CAPES-Print) da Unesp. Coordenador da Rede de Pesquisa em Autonomia Estratégica, Tecnologia e Defesa (PROCAD-DEFESA), É autor de ‘Forças Armadas e Sistema Político na Democracia’ e organizador de ‘Novas Ameaças: dimensões e perspectivas’ e ‘Forças Armadas, Defesa e Segurança Internacional’. Bolsista de Produtividade 2 pelo CNPq. Foi assessor da Comissão Nacional da Verdade.

Formulário de inscrições: https://forms.gle/7uq9Etbx7P29nzyb9